Cientista do MIT alega que estamos vivendo em uma simulação
O cientista da computação e designer de games Rizwan Virk, formado pelo MIT – Instituto de Tecnologia de Massachussets alega que a humanidade pode estar mais perto de estar vivendo em uma simulação hiper-realística do universo (algo como a matrix ou um videogame da vida real) do que um universo físico.
Virk argumenta que a visão de que vivemos em um mudo movido por informação faz muito mais sentido. “A verdade é que há muito que nós simplesmente não entendemos sobre a nossa própria realidade, e eu acho mais provável que estejamos em um universo simulado“, disse. Ele lançou recentemente um livro chamado “The Simulation Hypothesis” (a Hipótese da Simulação), onde explica sua teoria com exemplos sobre o mundo em que vivemos, mostrando que é mais próximo da realidade do filme Matrix (1999), onde nossas escolhas fossem uma conexão entre o virtual e o pessoal.
“Somos controlados por computadores”
Para estudiosos da área, a ideia de sermos controlados por computadores não é nova. Um estudo realizado por Nick Brostom, da faculdade de Filosofia da Universidade de Oxford em 2003 chamado “Você está vivendo em uma simulação computacional?”, alega que se os humanos continuarem a desenvolver tecnologia, chegarão a um período onde a sociedade terá um enorme poder sobre a computação. De acordo com Nick existem três campinhos possíveis para o nosso futuro:
1- A humanidade se extinguirá antes de conquistar o poder tecnológico necessário para criar suas próprias simulações;
2- A civilização pós-humana não se interessará em reanimar seus ancestrais por simulação;
3- Se nenhuma das duas coisas acontecerem, significa que já estamos sendo controlados pelas civilizações futuras e não estamos mais no mundo real.
Apesar de ser um pensamento muito louco, muitas pessoas são a favor desta teoria, como o bilionário sul-africano Elon Musk, cofundador da empresa que originou o PayPal e dono da Tesla Motors e SpaceX. Como designer de jogos, Virk associa muito sua pesquisa com jogos de realidade virtual e diz acreditar que estamos no estágio cinco da evolução tecnológica, o que engloba a realidade aumentada. “Aposto que daqui algumas décadas para cem anos do agora, chegaremos no estágio de simulação”, o que significa que não saberemos o que é real e o que não é.
Físicos tentam provar o contrário
Mesmo com apoio de grandes nomes, como o astrofísico Neil Degrasse Tyson (apresentador do seriado Cosmos), um outro estudo feito por físicos de Oxford, no Reino Unido, aponta que é impossível estarmos vivendo em um universo simulado. Dizem que a ideia de viver em uma simulação seria possível apenas com base em análise da capacidade dos computadores.
Segundo o coautor do estudo, Dmitry Kovrizhin, a quantidade de informações e metadados do nosso universo que precisaria ser processada para projetar uma simulação perfeita ultrapassa a capacidade de armazenamento do universo, tendo em mente que o número de átomos teria que ser maior do que os existentes hoje.
Essa informação tem como base o “Efeito Hall”, uma teoria que explica que a simulação de algo é mais improvável conforme a quantidade de partículas, átomos ou dados que aumentam. Seria como se precisássemos de um universo ou multiverso no dobro do tamanho apenas para armazenar essa simulação.
“Para simular um sistema mecânico quântico, seria necessário diagonalizar essa matriz em um computador, o que é uma tarefa computacionalmente difícil quando o tamanho da matrix fica grande.“, disse Kovrizhin, em entrevista ao Seeker.
Mas, para os pesquisadores, a possibilidade de no futuro serem desenvolvidos computadores altamente qualificados para a tarefa e com poder quântico suficiente para a duplicação do universo em uma simulação não pode ser totalmente descartada.
Fonte: Exame Tecnologia